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  • Por Adilson de Lucca

COMISSÃO PROCESSANTE: série de ataques a vereadores complica situação de Féfin


O pedido de instalação de Comissão Processante contra o vereador Júnior Féfin (União Brasil), protocolado nesta quarta-feira (31) na Câmara de Marília, chega num momento ruim para o alvo da CP.

Isso muitos vereadores estão bravos com Féfin por causa dos mais recentes discursos dele na tribuna do Legislativo se gabando de suas posições e colocando outros vereadores em situação constrangedora.

Um vereador ouvido pelo JORNAL DO POVO, que obviamente pediu o sigilo da fonte, disse que é natural o fato de vereador tomar determinada posição e manifestar seu pensamento em plenário, mas sem atacar a posição dos demais pares e denegrir a imagem da própria Câmara. "Isso é no mínimo desleal", considerou.

Nesse contexto, a colocação do pedido de Comissão Processante deixa Féfin realmente em uma situação de saia justa.

ROLOS COM MARCOS REZENDE

Antes de se indispor com grande parte do plenário pelos motivos expostos acima, Féfin travou muitas brigas com o vereador e ex-presidente da Casa, Marcos Rezende (PSD). Aliás, Rezende foi o único vereador que votou a favor da instalação de Comissão Processante contra Féfin em junho do ano passado.

Ele seria investigado na Câmara por denúncias de agressões contra funcionários do Pronto Atendimento na zona sul.

Portanto, ao menos um voto contra Féfin nesse novo pedido de CP já é dado como certo. São necessários sete votos favoráveis para abertura do processo.

"MENTIROSO"

Nos bate bocas em plenário, Rezende acusou Féfin de "mentiroso". E arrematou: "o senhor diz que não recebe salário. Mentira! O senhor está licenciado da Polícia Federal e ganha mais de R$ 25 mil por mês para atuar como vereador. Ou seja, não trabalha como policial e recebe como vereador".

FALAS E POSTAGENS DE FÉFIN CONSIDERADAS "DESLEAIS" POR VEREADORES

Em recentes votações de projetos nas sessões da Câmara Municipal, Féfin disse na tribuna:

"É um absurdo o que está acontecendo com essa cidade! Não temos parlamento para fiscalizar o dinheiro do povo"

"E se sair na reportagem amanhã que a Câmara de vereadores aprovou essa dívida do povo, virgula, menos o vereador agente federal Júnior Féfin...dê nomes aos bois"

"Outros dois vereadores mudaram o voto agora de última hora para entrar em votação" (em sua página no Facebook, Féfin citou nominalmente os vereadores Nardi e Danilo.

(Sobre o presidente em exercício da Câmara, Rogerinho): "é um projeto de lei colocado em sessão extraordinária sem que o povo soubesse...Imoral"

"Uma vergonha, acabaram de aprovar na Câmara..."

"E nós vereadores aqui votando aumento de salário...uma imoralidade sem tamanho... dessa imoralidade eu não faço parte".

"Quem tem a possibilidade de fazer corrigir isso? Somos nós, a casa legislativa, infelizmente não estamos fazendo isso... Esse vereador protocolou aqui um pedido de investigação...onde se viu, foi arquivado!... Excelências, ponham a mão na consciência".

PEDIDO DE PERDÃO

O rolo no P.A Sul gerou registro de Boletim de Ocorrência e foi investigado pela Polícia Civil. Após o relatório do inquérito policial, o vereador Féfin foi denunciado pelo Ministério Público Estadual.

Em setembro do ano passado, ele pediu perdão às vítimas em audiência de conciliação na 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília e barrou o prosseguimento de uma ação penal contra ele por crime de calúnia contra duas funcionárias do Pronto Atendimento.

Será que Féfin também pediria perdão aos vereadores que se sentiram ofendidos com os discursos dele, para evitar a abertura da Comissão Processante?

TRÂMITES

O pedido de abertura de Comissão Processante contra o vereador Júnior Féfin deve ser votado na sessão camarária da próxima segunda-feira (5). Caso aprovado em plenário, será formada a Comissão com três vereadores (presidente, membro e relator), que terão 90 dias para intimar e ouvir envolvidos, coletar provas e encerrar o processo. Este prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias, caso necessário.

Em seguida, é elaborado um relatório com parecer da CP e encaminhado para votação em plenário, podendo ser aprovado ou rejeitado eventual pedido de cassação do mandato do acusado.




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