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  • Por Adilson de Lucca

CASO LEVI: Relatório da DIG aponta Coxinha como "possível autor" dos disparos contra o secretário

Atualizado: 14 de dez. de 2022


O delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Luiz Marcelo Perpétuo Sampaio, encaminhou nesta terça-feira (13) ao Ministério Público Estadual, o relatório final sobre o chamado Caso Levi (atentado a tiros contra o ex-secretário municipal da Fazenda e atual chefe de gabinete da Prefeitura, Levi Gomes de Oliveira, de 65 anos).

O relatório aponta como "possível autor dos disparos", o autônomo Alessandro Pereira dos Santos, o Coxinha, de 50 anos. Ele foi reconhecido na DIG pela vítima, durante as investigações, com "absoluta certeza e convicção".

Coxinha foi ouvido pelo delegado da DIG na semana passada e negou envolvimento no crime. Afirmou que no dia e hora do atentado estava em sua casa, na Zona Oeste de Marília.

A Polícia Civil fez buscas durante as investigações na casa dele, mas nada foi localizado. Apenas uma série de cheques que ele disse ser para cobranças.

O relatório aponta que somente cartuchos de pistola calibre 380 foram encontrados no local do atentado, na Zona Leste de Marília, por volta das 5h da manhã do dia 27 de abril deste ano. Não havia no local projéteis, indicando que os autores do crime pretendiam apenas "dar um susto" no secretário.

"CERTEZA E CONVICÇÃO"

Levi esteve várias vezes na CPJ. Em uma delas, em julho passado, reconheceu "com certeza e convicção" (como declarou) o autônomo A., de 50 anos, como o homem que ocupava o banco do passageiro de um Honda Fit e efetuou diversos disparos de pistola em sua direção (veja abaixo).

Apesar do reconhecimento "certeiro", o acusado (que foi colocado ao lado de outros quatro homens na DIG), não foi preso. "Há também investigações paralelas sobre esquema de ameaças e extorsão em cobranças contra empresários, inclusive de outros estados", justificou o delegado.

O inquérito deve concluído ainda este mês. "Estamos aguardando alguns laudos e finalizando detalhes", resumiu o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), dr. Luiz Marcelo Perpétuo Sampaio, ao JORNAL DO POVO. O caso segue sob sigilo.

VEÍCULO NAS IMAGENS

No dia 27 de outubro, a Polícia Civil divulgou um vídeo de câmera de segurança mostrando o carro usado no atentado (um Honda Fit, cor prata).

Outras câmeras de segurança filmaram o veículo circulando pelas redondezas do Bairro Maria Izabel, na Zona Leste, onde foi registrada a ocorrência.

Mesmo o vídeo com melhor qualidade não possibilitou identificar a placa do carro utilizado. Além do automóvel, também é possível ver o vulto de Levi na gravação. O automóvel foi estacionado próximo à casa de Levi antes de ele sair para sua caminhada diária, por volta das 5h da madrugada.

O JORNAL DO POVO apurou que a DIG recebeu informações que o referido veículo seria de Campinas. Foram levantadas imagens estratégicas de várias praças de pedágios nas saídas de Marília.

"Não foi detectada passagem de veículo com essas características", disse o delegado da DIG. Empresas do setor de informática estariam na mira das investigações.

ARMAS E MUNIÇÕES A Polícia Civil apreendeu em julho várias armas e munições durante as investigações desse caso. Agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília cumpriram cinco mandados de busca e apreensão na cidade e em Oriente. Durante a ação, foram apreendidos uma pistola calibre 45 importada, um revólver 357 e uma espingarda, além de munições de vários calibres, diversos celulares e cheques.

Os cheques foram apreendidos na casa de A. (reconhecido por Levi Gomes) na Zona Oeste de Marília. Não havia armas no local.

As armas apreendidas em Oriente são de uso legal e tinham numeração, mas não possuíam registro. Por isso, dois responsáveis pelo armamento foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e liberados após pagamento de fiança.


O CASO No dia 27 abril, Levi Gomes denunciou ter sofrido uma tentativa de homicídio no Bairro Maria Izabel. Ele havia saído para caminhar, por volta das 5h, quando foi surpreendido por uma dupla armada que estava em um carro. Ele contou aos policiais que notou um carro diferente estacionado na rua e que, quando passou pelo veículo, o motorista saiu em alta velocidade até perto da Santa Casa e parou. O secretário disse que estranhou, mudou o roteiro e se escondeu atrás de uma vegetação. Foi quando o carro parou em um cruzamento e o passageiro colocou o braço para fora com uma arma em punho. O homem teria feito três disparos. Levi disse que rastejou e correu após os disparos. Já o motorista do carro saiu em direção ao Bairro Cascata e o veículo não foi mais visto. A Polícia Militar foi acionada e a perícia técnica da Polícia Civil também esteve no local, onde três cartuchos foram achados. Não havia marcas de projéteis em muros, árvores ou obstáculos, indicando que os disparos pudessem ter sido feitos para o alto, com o objetivo de "assustar a vítima".

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