MUDANÇA DE LOCAL OU INDENIZAÇÃO: Termina sexta-feira o prazo dado pela Prefeitura de Marília para definir o destino dos camelôs da via-férrea

Termina na próxima sexta-feira (31), o prazo pedido pela Prefeitura de Marília para resolver o imbróglio dos camelôs instalados sobre a via-férrea, no centro de Marília.

Decisão judicial, em ação movida pela concessionária Rumo Logística, em 2023, determinou que eles devem desocupar o espaço para reintegração de posse até o próximo dia 31 de dezembro. Após esse prazo poderá, inclusive, ser usada força policial para a desocupação obrigatória.

O prazo de dez dias para solução do problema foi pedido pelo gabinete e setor jurídico da Prefeitura em reunião com o advogado Jefferson Luiz Rodrigues, que representa os camelôs.

Rodrigues disse ao JORNAL DO POVO que há duas opções na mesa de negociação: realocação dos cerca de 50 camelôs que ainda atuam no local (esse número chegou a cerca de 150 durante o processo de ocupação da área) em outra área "interessante para eles" ou pagamento de indenização.

A área "interessante para os camelôs", segundo o advogado, seria um espaço logo após o atual camelódromo, ou seja, em frente a antiga estação ferroviária e parte de rua calçada com paralelepípedos (até a Avenida Brasil).

Houve estudos há cerca de um mês para a transferência dos camelôs para o prédio da atual Galeria Atenas.

"Mas essa ideia não evoluiu. Lá, além de não ter o perfil deles (camelôs), ainda seria uma arapuca para eventual lacração e interdição, bastando fechar apenas duas portas".

O advogado entende que um valor em torno de R$ 15 mil de indenização para cada proprietário de box sobre a via-férrea seria aceitável. "Como eu disse, são cerca de 50 camelôs nesta situação, exercendo função social na área ocupada", observou. "Uma ação mais rápida e efetiva da Prefeitura", concluiu.

O advogado ressaltou que, qualquer proposta da Prefeitura será submetida à aceitação dos camelôs.

Maior parte dos boxes dos camelôs da via-férrea está desocupada