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Polícia prende psiquiatra acusado de importunação sexual e estupros contra pacientes em Marília e Garça

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • há 5 horas
  • 2 min de leitura

O médico psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 42 anos (de camisa xadrez no vídeo) foi preso pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na tarde desta quarta-feira (22). A delegada titular da especializada, Dra. Darlene Rocha Tosin, pediu a Justiça a prisão preventiva dele.

Está se complicando cada vez mais a situação do médico psiquiatra, de 42 anos, acusado de importunação sexual e dois estupros contra dez pacientes em Marília e duas em Garça (onde também fazia atendimentos).

"Assegurar o andamento das apurações e proteger as vítimas. Em liberdade, ele poderia comprometer provas ou influenciar testemunhas, uma vez que as denunciantes estavam fragilizadas e receosas", disse a delegada em entrevista.

As denúncias surgiram há cerca de 15 dias, após uma profissional da saúde registrar denúncia por assédio. Ela relatou na Delegacia de Defesa da Mulher em Marília que em retorno para nova consulta o médico a recebeu com um abraço. Na saída, outro abraço, com o médico a puxando. Ele beijou a boca e apertou o corpo da paciente contra o seu.

RELATOS DE VÍTIMAS EM GARÇA

Duas vítimas em Garça relataram à Polícia casos de importunação sexual pelo psiquiatra. Uma paciente de cerca de 50 anos disse que sofreu assédio no final de 2024. Contou que recebia atendimento no CAPs (Centro de Atenção Psicossocial) e ao retornar para buscar atestado foi alvo de comentários inapropriados. Em seguida uma tentativa de beijo à força além de toques em suas pernas.

Outra paciente, de 25 anos, relatou que ia às consultas no CAPs com a mãe, em 2018, até que um dia precisou ir sozinha, oportunidade em que o acusado fez perguntas íntimas sobre namoro e na despedida um beijo no canto da boca. Na época, ela tinha 17 anos.

MÉDICO É BARRADO EM GARÇA E NA UNIMED

O acusado foi afastado do Caps de Garça, onde atuava. A decisão do afastamento foi da Prefeitura daquela cidade. A Unimed Marília também confirmou o afastamento do profissional de seus quadros de conveniados.

O crime de importunação sexual prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão, de acordo com o artigo 215-A do Código Penal. Este crime é caracterizado pela prática de atos libidinosos contra outra pessoa sem o consentimento dela, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros.

A DDM soma registros de 10 vítimas que já compareceram e prestaram depoimentos. Nenhuma delas se conhece e têm idades entre 20 e 40 anos.

RELATO DE UMA DAS VÍTIMAS

“No momento em que a gente se dirigia para porta foi quando ele me abraçou e me deu um beijo na boca, mas eu virei o rosto e ele ficou beijando o meu pescoço dizendo que eu era cheirosa. Eu fiquei sem reação. Eu me afastei dele naquele momento e eu olhei o profissional. Em que eu olhei, ele perguntou se eu era tímida. Eu fiquei sem reação, não sabia o que responder e eu só queria sair daquele atendimento. Eu estava indignada com aquilo.”


 
 
 

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