Trio acusado de matar homem por espancamento após boatos segue preso na região
- Adilson de Lucca
- 5 de jul.
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Corpo de Adilson Marques foi encontrado em área de mata
A Justiça manteve nesta sexta-feira as prisões temporárias de três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, acusadas de envolvimento na morte brutal de Adilson Marques, de 45 anos, em Pederneiras. A vítima, que tinha deficiência auditiva, desapareceu em 19 de maio e foi encontrada morta dois dias depois em uma área de mata, com sinais de espancamento e tortura.
Segundo investigações da Polícia Civil, Adilson foi visto pela última vez na noite em que saiu de casa para buscar um lanche em um bar no bairro Maria Helena. O dono do estabelecimento confirmou que ele esteve no local e foi visto por volta das 19h30. Após o desaparecimento, familiares registraram um boletim de ocorrência e iniciaram buscas, mas sem sucesso.
Denúncias anônimas levaram os investigadores até um grupo de pessoas que teria agido após ouvir boatos de que a vítima teria se comportado de forma inadequada com crianças. O espancamento aconteceu próximo a uma praça, e o corpo foi levado em um carro até uma área de mata, onde foi ocultado.
Imagens de câmeras de segurança ajudaram a reconstituir o trajeto do veículo usado no transporte do corpo. Em um primeiro momento, nada foi encontrado, mas uma nova análise com luminol (substância química que, quando em contato com o ferro presente no sangue, emite uma luz azul fluorescente) detectou vestígios de sangue sob o banco traseiro. O material foi coletado para confronto com o DNA da vítima.
Ao longo da investigação, diversas testemunhas foram ouvidas. Algumas relataram os boatos, mas nenhuma delas presenciou qualquer comportamento suspeito de Adilson. Todas as pessoas ouvidas reforçaram que a acusação contra ele não passou de um boato, sem qualquer comprovação. Adilson trabalhava há 16 anos na mesma empresa, onde, segundo os familiares, nunca havia faltado ou se atrasado.
Com base nas provas técnicas, depoimentos e laudos periciais, a Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos. Os mandados foram cumpridos por equipes da Delegacia de Pederneiras com apoio de policiais civis de Bauru e Jau. Dois homens foram presos em Bariri e uma mulher, em Pederneiras.











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